Nem olhares duros
nem palavras severas
Devem afugentar quem ama
As rosas tem espinhos
e no entanto as colhemo-as
Shakespeare
nem palavras severas
Devem afugentar quem ama
As rosas tem espinhos
e no entanto as colhemo-as
Shakespeare
Tudo junto e tudo misturado
As várias emoções que sente
um coração que vive apaixonado
As várias emoções que sente
um coração que vive apaixonado
terça-feira, 20 de abril de 2010
O Futuro da Humanidade
O livro Futuro da Humanidade é um romance do psiquiatra Augusto J. Cury, o qual nos faz refletir sobre a maneira que a sociedade, de uma forma generalista, encara cada indivíduo que a compõe; O tratamento que recebem as pessoas abonadas, bem como as paupérrimas e as portadoras de algum tipo de transtorno psíquico e ou mental. A exclusão social ocorre, como se fosse a única medida a ser tomada para que a sociedade pudesse então depurar o ambiente e assim, com a seleta de pessoas restantes, resolver os conflitos que atualmente se encontram “sem solução”. Embora esteja havendo evolução tecno-científica, a medicina esteja a cada dia mais preparada com novos recursos e fármacos, o ser humano está correndo o caminho inverso da evolução; enquanto os bens de consumo, automóveis, a engenharia, entre outros que facilitam a vida nossa, estão a cada dia mais modernos, o ser humano está cada vez mais voltando seus pensamentos para tudo aquilo que lhe alimenta o seu lado pessoal e apenas dando inmportancia ao que lhe satisfaz, fazendo com que seu lado humano seja “robotizado”; a cada dia volta-se para os objetos, coisas e prazeres mundanos, esquecendo-se da parte emocional do seu “eu”. Parece que a grande maioria da população está esquecida que o ser humano é um ser dotado de emoção, e que age de acordo com tal; não é um ser lógico, como um computador no qual inserimos informações, damos um comando e pronto, tudo resolvido em segundos. O ser humano está sendo tratado como sendo apenas uma parte isolada no sistema social; não está havendo o processo integrativo onde cada uma das pequenas partes interliga-se, como em uma teia de aranha constituindo assim o todo. “A humanidade é uma família vivendo uma complexa teia. Somos uma única espécie, porem vivendo em mundos distintos”CURY(p. 87,, 2005).A medicina avançada nos trás a tona toda semana novas descobertas e novos medicamentos que podem curar milhares de vidas em todo o planeta, porém ela não parece ter um grande interesse em prevenir situações que poderiam evitar transtornos mentais ou determinados tipos de males, como a depressão que facilmente seriam prevenidos com uma boa dose de “aceitação social”. Como o autor mesmo nos diz:A medicina se tornou lógica, uma escrava da tecnologia. Muitos exames, muitos procedimentos, mas pouca sensibilidade para descobrir as causas emocionais e sociais. A ansiedade na gênese por trás dos infartos quase não era levada em conta. O estresse escondido nos bastidores dos cânceres era pouco avaliado. Os pensamentos antecipatórios por trás das gastrites, hipertensão arterial, cefaléias, dores musculares raramente eram investigadas. CURY(p. 108,, 2005)A história vivida por nosso personagem Marco Pólo, embora seja uma ficção, nos faz sentir profundamente como a humanidade está se autodepreciando e a cada dia mais vem tapando os olhos para a realidade. Assistir a “novela das 8” é muito bom por que tem aquela atriz que é “gata” ou todo aquele luxo e glamour e todos aqueles carrões estacionados em frente a mansões <...>; por outro lado ver um documentário sobre as crianças que morrem de fome e/ou assassinadas nas favelas não dá por que ver aquelas imagens é deprimente. A realidade é dura às vezes, mas como nos diz Marco Pólo “o ser humano se adapta a tudo, inclusive ao caos” CURY(p.17, 2005)Segundo CURY (2005), nossos comportamentos afetam de três modos as pessoas: alteram o tempo delas; alteram a qualidade e a freqüência de suas reações. Se observarmos o caso de Hitler, por exemplo, veremos que ele é uma personalidade marcante na historia, conhecido mundialmente por seus atos; porém, se ele tivesse sido tratado de outra forma, a história certamente seria escrita de outra maneira. “Se Hitler fosse aceito na escola de belas artes, talvez tivéssemos um artista plástico, ainda que medíocre, e não um dos maiores psicopatas da história, Não estou dizendo que a psicopatia de Hitler seria resolvida com a inclusão na escola de Viena, mas poderia ser abrandada ou talvez nem se manifestar”. CURY(p.86, 2005).Se tomarmos como contrapartida a idéia que o autor nos apresenta em seu livro, a qual ele chama de co-responsabilidade inevitável, o menor movimento que seja, o mínimo comportamento, a menor das ações pode interferir em grandes reações na história. Sabe-se que todos nós somos iguais em nossa anatomia e fisiologia; geramos pensamentos e os transmitimos da mesma maneira, alguns com mais facilidade e intensidade que os outros, porém, todos da mesma forma. Se somos iguais em nossa essência, por quê então essa diferenciação de classes, de cores, religião <...>,Ao que tudo indica, o capitalismo esta presente em nossas vidas e nós estamos psicoadaptados a essa nova realidade; nos conformamos com o que a sociedade nos impõe e deixamos nos levar por valores materiais que facilmente se perdem no tempo e no espaço.Há poucos dias ouvi umas poucas e boas palavras, e acredito ser pertinente reproduzi-las aqui:Não somos contra a economia de mercado liberal, mas sim contra a sociedade de mercado, onde educação, saúde, segurança são encaradas pela perspectiva econômica, em uma sociedade que se compra segurança, vende-se saúde e lucra-se com educação. Estamos computadorizando o ser humano, geometrizando emoções, enquadrando nossas existências em prol de algo que não nos dá nada em troca. A super valorização do nada chamado capital, que não possui nenhum valor e que desestrutura os nossos valores reais, só nos dá sinais de que precisamos mudar.
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Um livro maravilhoso com ensinamentos ricos que devem ser colocados no nosso dia a dia.
ResponderExcluirUm livro cheio de conhecimentos da alma humana
que nos remetem a pensamentos interiores e aprender que nunca devemos julgar pela aparência.
E que a compreensão deveria ser sempre usada como as palavrinhas chaves na educação de todos os seres humanos.