Nem olhares duros
nem palavras severas
Devem afugentar quem ama
As rosas tem espinhos
e no entanto as colhemo-as

Shakespeare
Tudo junto e tudo misturado
As várias emoções que sente
um coração que vive apaixonado

segunda-feira, 8 de março de 2010


Maria José Rebelo, filha de advogado, foi a primeira diplomata brasileira, nomeada em 1918. Para ter o direito de prestar o concurso teve que recorrer ao jurista Rui Barbosa e classificou-se em primeiro lugar. Ela conseguiu assumir a função apesar das críticas de uma "perigosa marcha do feminismo no Itamaraty.

No ano de 1918, o então Ministério do Exterior brasileiro, abriu concurso para o preenchimento de vaga de terceiro oficial e para espanto geral, uma mulher se candidata ao cargo. Maria José Rebelo Mendes a Maria Mendes.

Imediatamente, esta inédita situação é motivo de espanto e surpresa. os mais importantes advogados do Brasil na época, Rui Barbosa e Clóvis Bevilácqua, foram consultados. Ambos emitiram parecer favorável à inscrição de Maria José. Dias depois depois, o ministro do Exterior Nilo Peçanha autoriza:

"Não há na Constituição da República nenhum dispositivo que impeça às mulheres o acesso aos cargos públicos. O Código Civil vigente também também estabeleceu a mais completa igualdade entre o homem e a mulher quanto ao gozo e exercício dos direitos privados. Num dos artigos artigos prevê que as mulheres possam ser admitidas ao exercício das funções administrativas, quando estabelece que considera-se sempre autorizada pelo marido a mulher que ocupar cargo público.

Não sei se as mulheres desempenhariam com proveito a diplomacia onde tantos atributos de discrição e de capacidade são exigidos. Melhor seria, certamente, para o seu prestígio que continuassem a direção do lar, tais são os desenganos da vida pública, mas não há como recusar a sua aspiração, desde que disso careçam e fiquem provadas as suas aptidões."

Em outubro de 1918, Maria José foi aprovada em primeiro lugar.

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