Nem olhares duros
nem palavras severas
Devem afugentar quem ama
As rosas tem espinhos
e no entanto as colhemo-as
Shakespeare
nem palavras severas
Devem afugentar quem ama
As rosas tem espinhos
e no entanto as colhemo-as
Shakespeare
Tudo junto e tudo misturado
As várias emoções que sente
um coração que vive apaixonado
As várias emoções que sente
um coração que vive apaixonado
segunda-feira, 8 de março de 2010
Personalidade a frente da sua época / Josefina Alvares
Josefina Álvares de Azevedo
(1851-?)
Jornalista e feminista.
Uma das pioneiras do feminismo no Brasil, nasceu em Itaboraí (RJ). Era irmã, pelo lado paterno, do poeta Manoel Antônio Alvares de Azevedo. Em 1888, fundou na cidade de São Paulo o jornal A Família, dedicado à educação de mães, como afirma o editorial do primeiro número. O jornal foi posteriormente transferi-do para a cidade do Rio de Janeiro, onde al-cançou público maior e contou com a colabo-ração de importantes ativistas do movimento feminista da época. A Família conseguiu a façanha de circular comercialmente entre 1888 e 1897, quase dez anos, sem interrupção. De-fendia a educação feminina como a condição sine qua non para construir a emancipação da mulher.
Com a proclamação da República, A Família tornou-se um veículo de propaganda do direito ao voto feminino e Josefina publicou uma série de artigos, nos quais afirmava que, sem o exercício desse direito pelas mulheres, a igualdade prometida pelo novo regime não passaria de uma utopia (19.4.1890). Em abril de 1890, o ministro do Interior, Cesário Alvim, publicou seu parecer contrário ao pe-dido de alistamento eleitoral feito no Rio de Janeiro por Isabel de Matos. Inspirada nesse parecer, Josefina escreveu uma peça teatral in-titulada Voto feminino, que foi encenada du-rante os trabalhos constituintes de 1890-91, no Recreio Dramático, um dos teatros mais populares no Rio de Janeiro daquela época.
A peça apropriava-se, numa linguagem cênica, do parecer negativo do ministro e também do artigo de um congressista favorável ao voto feminino (provavelmente Lopes Trovão) para criticar duramente o ridículo da resistên-cia masculina em aceitar a participação das mulheres na vida política. Apresentando as duas posições, a favorável e a contrária às mu-lheres, a autora buscava transmitir a esperança pela existência de congressistas homens sensíveis às mudanças nos papéis sociais.
Voto feminino foi publicada em livro e também como folhetim nas páginas do jornal de Josefina, de agosto a novembro de 1890. Voltou a ser reeditada na sua coletânea A mu-lher moderna: trabalhos de propaganda (1891). O final da vida de Josefina Álvares de Azevedo permanece desconhecido, mas seu papel relevante nas discussões pelo direito ao voto feminino na Constituição de 1891 é inquestionável.
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Ola ! Meu nome é Marina sou estudante de Letras e feminista! Pesquisando sobre o Alvares de Azevedo, achei seu blog e a história de Josefina demais! Vou compartilhar no meu facebook! Parabėns!
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