Nem olhares duros
nem palavras severas
Devem afugentar quem ama
As rosas tem espinhos
e no entanto as colhemo-as

Shakespeare
Tudo junto e tudo misturado
As várias emoções que sente
um coração que vive apaixonado

segunda-feira, 8 de março de 2010

Personalidades a frente da sua época/Princea Isabel







Princesa Isabel: Trocou a monarquia pelo final da escravatura no Brasil

No ano de 1888, a Princesa Isabel vivia um dilema: assinar a Lei Áurea, determinando a liberdade dos escravos que trabalhavam nas lavouras brasileiras e ao mesmo tempo desferindo um golpe mortal na monarquia – já que os ricos senhores de escravos, descontentes, passariam para as fileiras republicanas –, ou fechar os olhos e deixar tudo como estava?

Todo mundo sabe a resposta, e foi por isso que a Princesa Isabel passou a ser chamada de A Redentora.

Esta mulher nasceu em 29 de julho de 1846 (quando o Brasil ainda era regido pela monarquia), no Rio de Janeiro. Segunda filha de Dom Pedro II, na época o governante do Brasil, ela tinha o extenso nome (costume típico da época) de Isabel Cristina Leopoldina Augusta Micaela Gabriela Rafaela Gonzaga de Bragança.

A Princesa Isabel recebeu esmerada educação, inclusive musical. Falava francês, alemão e inglês, mas era simples, tendo como principal passatempo plantar e colher flores. Ainda jovem, com 18 anos, ela casou com o Conde D’Eu, que virou marechal do Exército Brasileiro.

Dom Pedro II sofria de diabetes e problemas do fígado, e em diversas oportunidades precisou de atendimento médico na Europa. Nestas oportunidades, a Princesa Isabel assumia o trono. Ela governou o Brasil em três vezes, de 1871 a 1872, 1876 a 1877 e 1887 a 1888.


Foi neste último período que a princesa mostrou um lado mais de mulher do que de regente, abraçando a causa abolicionista e se declarando "madrinha dos escravos".

Ela sabia que assinar a Lei Áurea era determinar o fim da monarquia e ainda trazer sérios problemas à Coroa, já que estava apoiada nos fazendeiros e senhores de engenho; colocando-se contra os interesses deles, eles também abandonaram a Coroa e passaram a apoiar a República.

De qualquer jeito ela assinou, com uma caneta de ouro, a Lei Áurea, dando liberdade aos escravos em 13 de maio de 1888, em Petrópolis. Pouco mais de um ano depois, em 1889, instituída a República, a família real foi banida para a Europa.

Somente em 1920 foi revogada a lei que bania a Família Imperial do Brasil, mas era tarde para receber a libertadora dos escravos de volta. Enferma, ela faleceu em 14 de novembro de 1921. Teve três filhos com o Conde D’Eu, sendo que dois deles faleceram antes que ela.

A estampa da Princesa Isabel ficou conhecida na nota de 200 cruzeiros, nos anos 80.

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